No sertão seco, a vila de São Jerônimo estava há mais de 7 meses sem chuva. A terra rachava. O gado morria. E a fé enfraquecia.
O padre local, devoto de São João, reuniu a comunidade para uma última procissão no dia 24 de junho.
No meio da caminhada, alguém começou a cantar “São João na beira do rio”. As vozes se uniram. O céu estava limpo… mas aos poucos, nuvens começaram a se formar.
E então, choveu.
Pela primeira vez em sete meses. Choveu forte. Choveu como resposta.
O povo chorava de joelhos. E o padre gritava:
— João gritou no deserto. Hoje ele gritou no céu!
Fé que sobe como clamor, desce como chuva.
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