Lucas era autista e tinha pavor de multidões e barulhos. Nunca participava das festas da escola. Mas naquele ano, a professora o chamou para ser o “noivo” da quadrilha.
Ele ficou em pânico, mas em casa, sua avó contou a história de São João — que mesmo isolado no deserto, era forte e corajoso.
— Se ele ficou sozinho e não teve medo… você também pode ser corajoso, disse ela.
No dia da festa, Lucas foi. Vestido com chapéu, camisa xadrez e um sorriso tímido.
Dançou.
E ao final, disse:
— Senti que São João tava comigo no meio da roda.
Desde então, a quadrilha virou a terapia do coração de Lucas.
Coragem não é ausência de medo. É dançar mesmo tremendo.
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